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VTEX Day, dia 2- O que a Viola Davis pode ensinar ao seller de marketplace?

E outros insights do segundo dia de VTEX Day 2025!

A edição de hoje da nossa newsletter mergulha fundo no segundo dia do VTEX Day — e nos bastidores que realmente interessam para quem vive de marketplace.

Mais do que tendências, o que vimos foram provocações: sobre coragem, identidade, transformação digital e como conectar marcas a pessoas de verdade. Neste resumo, trazemos os principais aprendizados e caminhos possíveis para quem quer escalar com consistência, sem abrir mão do que importa. Tudo o que se alinha com o ANYTOOLS!

Vender é coragem. Viola Davis provou isso.

Há momentos raros em um evento em que o palco deixa de ser sobre tendências, ferramentas ou dados — e vira espelho. A palestra de Viola Davis no VTEX Day foi esse momento.

Ela não falou sobre logística, I.A. ou retail media. Ela falou sobre o que é preciso para continuar existindo num mundo que o tempo todo quer te moldar, onde todo o tempo, querem te encaixar em uma mesma caixinha.
E se isso não conversa com quem vende em marketplace todos os dias, não sabemos dizer o que conversa.

“A coisa mais assustadora que você pode fazer é se aceitar completamente.”

Viola Davis

Se você já empreendeu com medo, vai entender o que ela quis dizer.
Se já teve vergonha de contar sua história, de mostrar seu rosto, de ser o primeiro a acreditar — também vai entender.
Se já ajustou sua essência para tentar performar melhor no algoritmo, ou já deixou de ousar com medo de errar, isso também é sobre você.

Viola falou sobre parar de se adaptar.
Sobre como ela passou anos tentando se encaixar, até entender que estava entregando o próprio valor nas mãos dos outros.
E o paralelo é claro: quantas vezes você se adaptou demais ao varejo e esqueceu da sua visão? Da sua narrativa? Da razão pela qual começou?

“O propósito não é o que você faz. É o que acontece com as pessoas quando você faz o que faz.”

Viola Davis

Essa ideia de propósito da Viola não poderia estar mais alinhada com o que acreditamos como ecossistema ANYTOOLS.

No mundo dos marketplaces, é fácil cair na armadilha da performance a qualquer custo. Mas propósito é entender que conversão sem conexão não sustenta reputação.

Que vender sem verdade cansa.

E que o algoritmo pode até premiar velocidade, mas quem constrói valor de verdade são os que permanecem autênticos.

Viola também falou do fracasso. De como ele dói. De como ela afunda, sente a morte simbólica e renasce.

“Com todos os meus erros, eu tive que entender que eu apenas ganho. Nunca perco com o erro. O que eu aprendi?”

Viola Davis

Essa deveria ser uma filosofia de operação. Errar faz parte. O problema é não aprender. Ou pior: é errar tentando ser alguém que você não é.

No fundo, o que podemos entender nesse paralelo é:

  • Negócio sem identidade não cria impacto.

  • Performance sem verdade não cria legado.

  • Marketplace sem coragem é só sobrevivência.

E talvez o maior aprendizado que sellers possam tirar dessa conversa seja este:
você é o seu diferencial.
Sua história, sua coragem, sua capacidade de cair e levantar.
É isso que vai fazer com que alguém compre de você — e compre de novo.

E quais aprendizados o Philip Kotler traz para esse mundo de sellers?

Outro grande nome esteve nesse segundo dia de VTEX Day. Na manhã de hoje, o pai do marketing moderno, Philip Kotler, fez uma video transmissão ao vivo para lembrar a todos o que parece ter se perdido: marketing é sobre pessoas.

Não é sobre leads. Não é sobre CPA. Não é sobre performance a qualquer custo.

“O marketing começa com uma paixão por criar valor — por aumentar a felicidade de uma pessoa ou grupo, ou reduzir uma dor.”

Phillip Kotler

Esse ponto, que parece conceitual demais para a lógica de conversão imediata dos marketplaces, é justamente o que pode diferenciar sellers maduros de operadores genéricos. E a seguir, explicamos por quê.

Human to Human (H2H): o seller precisa lembrar que vende para pessoas

Kotler defende que marketing não é venda disfarçada. É uma relação de troca justa. Se o cliente perde, a empresa também perde. A lógica do ganha-perde leva à reputação negativa, à guerra de preço sem propósito, à perda de margem e de recorrência.

Nos marketplaces, isso se traduz em estratégias como:

  • Descrição de produto que informa com clareza, não que engana.

  • Atendimento que responde com empatia, não com script vazio.

  • Entrega que cumpre o prometido — ou avisa quando não pode cumprir.

Tudo isso é marketing. De verdade.

Segundo Kotler, o erro atual é tratar tática como se fosse estratégia. O tráfego pago, a mídia, os cupons, o retargeting… tudo isso é operação. Marketing, na visão dele, vem antes: nasce do posicionamento, da proposta de valor, da visão de marca.

No marketplace, o seller estratégico pensa:

  • Quais canais fazem sentido para o meu público?

  • Como o meu atendimento e conteúdo refletem a essência da minha marca?

  • Que tipo de reputação quero construir, e como o pós-venda reforça isso?

  • Como posso usar o algoritmo como meu aliado em todo esse processo?

Essa visão integrada é o que diferencia quem apenas “vende” de quem constrói marca dentro do marketplace.

“Se o seu marketing ainda está tentando apenas empurrar produto, talvez ele nunca tenha sido marketing de verdade.”

Phillip Kotler no VTEX Day de 2025

Kotler fez essa provocação — e ela vale em dobro para quem vende em marketplace, onde a competição é brutal, mas o relacionamento ainda pode ser o diferencial.

Outros insights do segundo dia de VTEX Day

  1. I.A. segue sendo tema no segundo dia, e ainda tem gente confundindo fim com meio

    Na newsletter de ontem, já deixamos claro: I.A. é meio de alcançar objetivos. Não o objetivo final. E quem não entender isso, vai ficar para trás junto com quem ainda acredita que a I.A. vai produzir, vender, enviar e avaliar o processo de venda sozinha. E, se você ainda acredita nisso, releia sobre o H2H de Philip Kotler aqui acima.

  2. Marketing começa dentro de casa.
    Segundo João Adibe (Cimed) e Alfredo Soares, a cultura da marca precisa estar alinhada desde o time interno. Funcionários são os primeiros propagadores. Vendedores, SAC, logística — todos devem entender e viver a proposta de valor. E cultura alinhada e com propósito é algo que é inegociável para o ANYTOOLS.

  3. O CEO que quer crescer precisa aparecer.
    João também defende que lideranças não devem se esconder atrás do produto. Mostrar o rosto cria pertencimento, humaniza a marca e inspira confiança — algo muito importante para marcas que atuam em marketplaces com alta competitividade e pouca margem de erro.

  4. Tempo é o ativo mais escasso do consumidor.
    Mariano Gomide (VTEX) apresentou o conceito de Concierge Commerce: delegar a curadoria da compra a um especialista, seja vendedor físico, digital ou um agente de I.A. Soluções como Predize e live commerce estão alinhadas com essa lógica.

  5. Atendimento pode ser sua maior ferramenta de conversão.
    Pós-venda com acompanhamento via mensagem, cuidado com o histórico do cliente e uma abordagem consultiva aumentam recorrência e fidelizam. No digital, personalização ainda é diferencial competitivo.

  6. Logística é marketing também.
    Casos como Westwing, Bemol e MadeiraMadeira mostraram que ter CD bem distribuído, planejamento logístico e cuidado com embalagem reduz avarias, aumenta satisfação e protege a reputação.

  7. Estoque zero é possível — mas exige inteligência.
    Empresas que operam via dropshipping ou com estoque de fornecedores precisam ter domínio total sobre fluxo, SLA e comunicação. Erro de planejamento vira prejuízo direto. E o ANYMARKET te ajuda com essa gestão.

  8. Monitorar o Reclame Aqui é obrigatório.
    Westwing reforçou: reputação também se constrói na crise. SAC lento ou omisso mina resultados e afasta novos compradores.

  9. Transformação digital começa pelas pessoas.
    Jamie Golde e Nicolas Pratis reforçaram que digitalizar processos não adianta se a cultura continuar analógica. É preciso envolver as áreas, treinar lideranças e selecionar pessoas-chave para liderar essa transição.

  10. Soluções prontas podem acelerar a virada digital.
    Para empresas com operação tradicional, adotar soluções especializadas já estruturadas (como ANYTOOLS) é um caminho seguro antes de tentar reinventar tudo. Primeiro digitaliza, depois personaliza.

  11. O marketplace exige equilíbrio entre dados, sensibilidade e algoritmo.
    Débora (Midea), Mariane (Supley) e Marcella (Casas Bahia) mostraram que a conversão vem da soma de dados bem organizados com empatia pelo cliente. Frete, prazo, conteúdo claro, algoritmos afiados e página otimizada são os novos pilares de decisão. A clareza financeira, sobre repasses dos marketplaces, também é um ativo para crescimento. E isso o Koncili faz com maestria!

  12. Marketplace é sobre posicionamento, não só canal de venda.
    O marketplace pode (e deve) ser usado como canal de construção de marca. Isso exige consistência de imagem, estratégia de precificação e produto certo no canal certo.

  13. O melhor investimento ainda é na página de produto.
    Marcella, da Casas Bahia, destacou: se o cliente não encontra o que esperava — ou encontra uma descrição confusa, preço mal calculado ou foto mal cortada — a venda morre ali. A expectativa precisa casar com a realidade.

  14. Lojas físicas viraram ferramenta para escalar marketplace.
    Se antes concorriam, agora se complementam. Casas Bahia já usa lojas como centros logísticos e hubs de pickup. O futuro é integrado.

  15. Inteligência sem alinhamento de times não se sustenta.
    A integração entre áreas de tecnologia e negócio foi um dos temas centrais. A personalização do checkout, por exemplo, só funciona se o sistema conversa com a operação. O mesmo vale para dados, estoque e SAC.

Curadoria da vez: 

📚 “Marketing H2H: A Jornada Para o Marketing Human To Human”. No livro mais atual do pai do marketing, Kotler mostra como dados e automação devem servir à experiência humana — não o contrário.

⚙ Busca por um ecossistema completo de soluções especialista em marketplace? O ANYTOOLS é o caminho mais estratégico para sua marca.

🎞 Assista a esse discurso inspirador de Viola Davis sobre diversidade e oportunidades para fechar esse dia com uma palavra de coragem.

Nos vemos amanhã!

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