VTEX Day, dia 1- I.A., hiperpersonalização e outros insights

Como aplicar tudo isso no contexto de marketplaces?

O VTEX Day é um dos maiores eventos de digital commerce da América Latina — e ponto de encontro obrigatório para quem quer entender para onde o e-commerce está indo de verdade. São dois dias de conteúdo intenso, com os grandes nomes do varejo, da tecnologia e da logística discutindo tendências, inovação e estratégia.

E claro: o ANYTOOLS está por aqui acompanhando tudo de perto. Mais do que cobrir o evento, nosso compromisso é filtrar o que realmente importa para quem vende em marketplaces.

I.A. sem hype: usar com inteligência, aplicar com estratégia

Se tem um tema que dominou os palcos do VTEX Day, foi a Inteligência Artificial. Mas vamos ser diretos: I.A. não é novidade. Ela já é usada há anos em diversas frentes, como o próprio Fred Trajano - CEO do Magalu - afirmou sobre sua operação em uma das palestras de hoje, mas foi apenas com a popularização do ChatGPT que se tornou acessível para todos.

O problema é que junto com a popularização veio o hype. Todo mundo quer usar. Todo mundo quer parecer que está usando. Mas pouca gente realmente entende onde, quando e como aplicar a I.A. com inteligência.

Como disse nosso CEO, é como o Excel no passado: antes, era um diferencial competitivo. Hoje, é obrigação. Já faz parte do fluxo. E a analogia é clara! Assim como planilhas revolucionaram a produtividade de quem soube dominar seus recursos, a I.A. será um diferencial competitivo apenas para quem souber colocá-la nas etapas certas da operação.

No ANYMARKET, os SBOTs são um conjunto de tecnologias que automatizam tarefas operacionais com foco em eficiência e inteligência aplicada. Sendo em associação de categorias e produtos, ajustes automáticos de imagem exigidos por cada canal, geração de descrições e títulos persuasivos, entre outras soluções, a I.A. na operação de forma inteligente já é realidade.

Já o Koncili automatiza a importação de planilhas e cruzamento de dados. Com isso, fornece insights valiosos e garante que a operação financeira não fique no escuro — um ponto crítico em ambientes de alta competitividade, onde rentabilidade e precisão fiscal fazem toda a diferença.

E no Predize, a I.A. atua com mais de 6 agentes inteligentes para SAC de marketplaces, realizando o atendimento pré e pós-venda, chat e classificação de tickets. Cada agente foi criado para reduzir esforço humano e aumentar a assertividade, sem comprometer a experiência do cliente.

Essas aplicações mostram que I.A. não é tendência futura — é presente aplicado. E quem souber usar agora, vai liderar o amanhã.

Hiperpersonalização: o consumidor como protagonista absoluto

Personalizar já não é mais um diferencial. Já virou expectativa. O que o VTEX Day deixou evidente é que a nova fronteira é a hiperpersonalização: tratar cada consumidor como único, antecipando desejos, entregando contexto e criando experiências que realmente engajam.

Mas isso não se faz na mão. Não é viável. Só com I.A. aplicada, com dados conectados e operações bem orquestradas.

Nos marketplaces, esse movimento já começa a acontecer. Nas palestras, o Mercado Livre revelou que está testando versões beta de personalização da busca, com variáveis como gênero, idade e região para moldar a experiência de navegação de acordo com o perfil de cada consumidor. Já o AliExpress deu um passo adiante: a plataforma já utiliza quatro agentes de I.A. para personalizar imagens de produtos, textos em diversos idiomas, rentabilidade e gestão de catálogo em larga escala.

Quer outro exemplo? O algoritmo do TikTok: você não precisa dizer nada. Basta assistir. A plataforma entende você e te entrega o que você quer ver, de mão beijada.

Essa é a lógica que vai nortear a próxima geração do e-commerce e, especialmente, marketplaces.

O que mais vimos no primeiro dia do VTEX Day — e o que interessa para quem vive de marketplace

  1. I.A. como meio, não como fim: ela deve potencializar processos, nunca substituir pensamento estratégico.

  2. Automatização com contexto: do atendimento à precificação, passando pela análise de rentabilidade, a I.A. precisa estar inserida no fluxo real de decisão.

  3. Experiência de compra como diferencial: quanto mais fluida, mais relevante. Quem conseguir replicar a sensação de andar numa loja inspiradora dentro do digital, vai liderar.

  4. Dados conectados é o novo ouro: mas dados sozinhos não dizem nada. Eles precisam ser lidos, cruzados e transformados em decisão.

  5. Omnichannel exige maturidade: não basta estar em todos os canais — é preciso integrar bem, com cultura e estratégia unificadas.

  6. Gamificação no varejo funciona: a Reserva usa metas omnichannel para vendedores com bonificação, integração entre online e físico, e protagonismo de quem está na ponta.

  7. I.A. no cadastro é real: empresas como Época Cosméticos já usam Inteligência Artificial para garantir padronização e enriquecimento de catálogo.

  8. Retail media ganha espaço: com histórico de navegação e dados próprios, marketplaces estão se tornando plataformas completas de mídia para marcas.

  9. Social commerce virou canal de conversão: o TikTok Shop encurta a jornada entre descoberta e compra — conteúdo virou vitrine.

  10. Digitalização em alta no food service: marcas como Spoleto e China in Box já operam com 80% do faturamento vindo de canais digitais.

  11. Funil de compras é uma bagunça — e tudo bem: o desafio não é linearidade, mas entender comportamento e criar pontos de contato relevantes.

  12. Narrativa é diferencial competitivo: o consumidor não se importa se há I.A. — ele quer saber como a tecnologia facilita sua vida e por que aquela marca merece sua atenção.

Curadoria da vez: 

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  • 📚 Dica de leitura: “O Pensamento Eficaz - como transformar situações cotidianas em resultados extraordinários” de Shane Parrish, palestrante do VTEX Day. 

Nos vemos amanhã!

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