O poder do link de afiliados para sua loja em marketplaces

O marketing de afiliados está ganhando novas formas dentro dos marketplaces, muito além dos vídeos e influenciadores tradicionais. 79% dos consumidores confiam mais em recomendações do que em anúncios tradicionais, segundo a Nielsen. E não é à toa: grupos de achadinhos, canais de Telegram, comunidades de nicho e até listas de WhatsApp já se tornaram canais de venda reais, onde o produto certo, no contexto certo, tem poder de conversão que nenhuma mídia paga alcança.  

Hoje, no Alibaba, mais de 30% do GMV vem de criadores. No Brasil, o Mercado Livre e a Shopee já seguem a mesma trilha, estimulando um novo tipo de vendedor: o afiliado curador, aquele que escolhe o que recomendar, gera conteúdo (ou nem precisa) e lucra com cada conversão feita a partir de seu link.  

A lógica é simples: o seller usa a estrutura de confiança e audiência que outras pessoas já construíram. Cada link compartilhado carrega credibilidade e contexto, e os principais marketplaces que estão apostando nessa estratégia são Mercado Livre, Shopee, Amazon, AliExpress e TikTok Shop. 

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Esses afiliados não são apenas influenciadores com milhões de seguidores. São donos de grupos de “achadinhos”, canais no Telegram, perfis de WhatsApp e contas no X que movimentam volumes reais de vendas, com baixíssimo custo para as marcas e retorno mensurável. Na prática, qualquer pessoa pode gerar um link, compartilhar uma oferta e ganhar comissão. O marketplace cuida da burocracia e do repasse; o seller paga apenas pelo resultado.  

Em um cenário onde o comprador é cético e o custo por clique sobe a cada trimestre, isso é uma vantagem competitiva. A comissão só é paga quando há conversão, o que permite controlar o custo por aquisição e preservar margem. 

E o jogo está ficando ainda mais interessante: o YouTube Shopping estreou no Brasil, integrando oficialmente com Mercado Livre e Shopee. Agora, criadores podem marcar produtos diretamente em vídeos, lives e Shorts, transformando engajamento em conversão imediata. 

Mas entrar nesse jogo não é apenas habilitar a opção de afiliados no painel do marketplace. Exige estratégia, curadoria de produtos e relacionamento com quem promove. Os afiliados escolhem o que divulgar, e o seller que entende isso passa a trabalhar como um verdadeiro gestor de canais, otimizando catálogo, comissões e campanhas conforme os resultados. 

Afiliados bem estruturados conseguem escoar estoque parado, lançar produtos novos e ampliar visibilidade em datas sazonais, tudo com base em dados e performance. E o melhor: o marketplace cuida da parte operacional. O seller só precisa definir quais produtos serão elegíveis, criar políticas de comissão e monitorar o desempenho. 

Como começar a contar com afiliados em marketplaces: um playbook em 5 passos 

1. Escolha produtos estratégicos 
Agrupe SKUs por objetivo: acelerar giro, lançar novidades ou escoar estoque. Comece pequeno e ajuste conforme o desempenho. 

2. Crie políticas de comissão inteligentes 

Cada marketplace tem uma política de comissão, algumas são fixas e outras são escolhas do seller. Entenda com inteligência se a comissão vale a pena para o produto escolhido, elas devem refletir prioridade e margem: 4–8% para produtos core, 10–15% para táticos e até 30% para campanhas de giro ou lançamento. 

3. Deixe seus anúncios prontos para vender 

Afiliados promovem o que converte. Use títulos claros, imagens atrativas e preços competitivos. Um anúncio bem montado é o primeiro filtro de escolha. 

4. Facilite o trabalho do afiliado 

Prepare kits com links, bullets e diferenciais de produto. Quanto mais simples o processo, mais chances de seu link ser divulgado. 

5. Escolha bem os canais 

Nem todo afiliado trabalha com vídeo. Explore grupos de ofertas, comunidades temáticas e microcriadores que falam diretamente com o público da sua categoria. Por exemplo: se você vende tênis de corrida, busque por afiliados que têm de grupos de corredores, por exemplo. 

 Vale lembrar que o marketing de afiliados não é mais sobre quem fala, mas sobre quem acerta o link certo no momento certo. Enquanto muitos ainda associam afiliados a vídeos, quem já entendeu o poder dos grupos, comunidades e criadores de microinfluência está transformando essa rede em um novo motor de vendas previsível, mensurável e com baixo risco. 

No fim, vale pensar: e se parte do investimento em mídia pudesse ser compartilhado com quem já tem a atenção do público? Em vez de competir por cliques, o seller pode passar a dividir o jogo com quem já influencia a decisão de compra.

Curadoria da vez: 

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